sábado, 6 de fevereiro de 2010

                                                   
     A muita aspereza da jornada foi tolhendo em incómodos a vontade de subir: o peso da mochila, o cabelo esparramado na testa, qualquer coisa dentro da bota esquerda a corroer o pé; já do mar se afastara tanto e ainda tamanha imponência na montanha à sua frente e tão apressada a pulsação, a dor pelo corpo todo a mandá-lo parar, a não querer mais esforço; resolveu-se a prosseguir, sacudiu os ombros, com o indicador traçou uma linha na testa a riscar o suor, respirou fundo; esquecer-se, apenas esquecer-se na belíssima vista da cidade, pegou na máquina e surpreendeu a urbe desprevenida numa fotografia cheia de sol.

4 comentários:

  1. que lindo como escreves
    o quadro. é super bonito

    bom fim de semana

    obrigado pela tua visita e sempre dando-me animo

    abraço amigo!!

    ResponderEliminar
  2. O esforço pela beleza, pelo contentamento.

    Bonito conto!

    Beijos.

    ResponderEliminar
  3. Missão cumprida. Belo e reflexivo.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  4. Estou encantada!... Caixinha de surpresas.. que se adivinham...
    Gostei de tudo, TUDO!
    Um beijinho... permita-me!Sónia Luiza

    ResponderEliminar

"...nem os reis iriam para o céu sem levar com eles os ladrões, nem os ladrões iriam para o inferno sem arrastar com eles os reis.", Padre António Vieira, 1641